domingo, 29 de dezembro de 2013

descarregando, libertando, mais um recomeço. 2014


                                                                                        30 de dezembro de 2013.
o ano está indo embora, este que apesar de tentar falar sobre, não consigo expressar além de poucas palavras. 
o blog tenho deixado mais de lado que normalmente. A tentativa de não descrever o que vivo pra não correr o risco de me prender às descrições. Comum a mim.

.1  Em 2013 vi como tenho força -e não estou me referindo a questões amorosas, por incrível que pareça-. Fui forte na tomada de decisões na coletividade, a escolha de abrir mão de vez da minha turma de vestibular sob a consequência de formar mais tarde, dar a cara a tapa compondo uma chapa de Centro Acadêmico e vencendo eleições concorridas. Coragem pra enfrentar a reação, o julgamento, as caras feias, as opiniões mais conservadoras e sufocantes. Vejo, sim, muito, muito trabalho pra 2014, continuando minha linha de raciocínio das rédeas estipuladas neste 2013. 

.2  No amor, foi vago. Mas, a surpresa deixada para o final tem sido gratificante. : )   a liberdade do meu corpo, enfim. Liberdade de falar de assuntos sem culpa cristã, aceitando a natureza humana, o desejo, os corpos lindos, diferentes, aconchegantes. O calor, a ousadia. Isso sou eu. Esse ano conheci o meu corpo. E não vou parar...

.3  A minha família é maravilhosa, meu comportamento não tem sido satisfatório. E é esse juntamente com o ponto 1 desta breve análise que pretendo focar e dar maior importância a partir de já. Quero, enfim, que eles participem da minha vida. Eles merecem isso. E eu já me vejo madura o suficiente pra reconhecer e, mais que isso, sentir vontade de tê-los mais próximos da Luma íntima. A Luma que fica guardadinha... não consigo lembrar de outro ser que não meu cachorro, que chegou esse ano a nossa casa, trazendo mais carinho. Ele amoleceu meu coração de uma maneira que não consigo descrever (os olhos marejados dizem). Criaturinha que me fez perceber a importância que tem a família... Willow, o fofinho bagunceiro, desajeitado, grandão, lindo e companheiro que a família R Ansaloni tem o prazer de conviver. 


Que seja abençoado 2014, que eu não deixe de refletir, que a luz da transcendência esteja sempre clareando cada dia... que seja em paz. Que seja calmo, suave, bonito. Que os momentos sejam vividos de maneira única como cada momento é. Que eu saiba amar as pessoas. Amar cada situação que surgir em meu caminho. Viver com muita esperança que as coisas estão certinhas da maneira como estão. Com calma, reflexão, tudo se ajeita.

Que Deus viva em meu coração, que minha avó seja a inspiração e lembrança de cada momento de felicidade.

Vem, 2014. Vem fluir... estou pronta pra te receber.

domingo, 3 de novembro de 2013

É, sou mesmo uma manteiga derretida


Tô dormindo no quarto do meu irmão, que não mora mais na casa dos meus pais. 
Tenho saudades e ele sabe como eu tenho carinho. Ele é caladinho, é educado, tem um coração tão puro... Meu irmão é um amuleto da sorte que o universo conspirou nesta encarnação. Sou grata.

Meu irmão, minha avó, meu pai, minha mãe, meu outro irmão, meu cachorro, meu avô. Isso é amor.















Comecei lendo Antonio Prata


Turbilhão.

Eu que sempre penso nele, fico imaginando o que está fazendo ou se tem lapsos de lembranças de mim. Penso se vai sair hoje de casa, se ainda mora no mesmo lugar. Penso todos os dias, mesmo convicta de que provavelmente tudo passou e que não houve laços emocionais, só carne ( Corpo é muita coisa). Penso nas suas esquisitices, sua falta de padrões, sua gentileza, o estilo das nossas conversas, a ironia. Ponto

Penso sem critério, sem o fator da determinação. Isso me falta em muitas situações, atualmente, pelos 21 anos e experiências que me trouxeram a ser esta, como sou. Acredito na liquidez de tudo e todos, e a melhor maneira de lidar com isso é transformando tudo em temporário. Claramente é isso. Mas às escuras, por dentro... sei que cultivo possibilidades. Tenho marcado quem posso encontrar e viver ou reviver algo -mesmo que passageiro. Adquirido ou não esse caminho sou eu.

Escolhi levar as coisas no meu ritmo.
Escolhi o individual. E ter um blog que só eu sei, onde posso deixar claro o que me ocorrer é parte de viver um mundo interior. Mas, confesso, me preocupo que esteja deixando o mundo exterior muito de lado. Não sei se não me deixar conhecer é positivo a ponto de correr o risco de acabar não contando como existente do mundo exterior. O mundo dos encontros. Das relações interpessoais. Esse mundo é inferior pra mim. Sou superficial com as pessoas. Com todas elas.



Só porque gostei desta frase, de um comentário em uma crônica do Antonio Prata:
"A ironia é tão divertida quanto arriscada. É, sem dúvida, a arma mais cruel pra pôr em evidência a tacanhice alheia."

domingo, 13 de outubro de 2013

onde está, meu lugar.


será que ja tenho idade pra sentir o "peso" dos reencontros? ou seria o peso desta  palavra eternizada em frases de músicas e poesias, como Vinícius: A vida é a arte do encontro, embora haja tanto desencontro pela vida ?
Acontece que acho que sim, acordei deste sono leve de viver apenas os encontros com suas cotidianas repetições. Quando o meu interior começa a buscar a reflexão com um ou outro reencontro posso então constatar que já fazem 6 anos desde o início do CEFET em minha memória. E não sai, será que não?
Ouvi esta semana que Saudade e Lembrança são diferentes no ponto em que saudade é algo melancólico e inacabado, como um desejo íntimo ecoando. E lembrança é uma aceitação de que em algum lugar do tempo ficou, como sempre as coisas ficam (sem a menor pretensão de coisificar pessoas aqui). Nesta diferença que me veio a cabeça falando sobre o reencontro de hoje é que fiquei pensando nas saudades e lembranças que mantenho (bom, além das inconscientes).
A música agora me sugere: saudade, eu te matei de fome. E tarde, eu te enterrei com a mágoa.
Se hoje eu já não sei teu nome, teu rosto nunca me deu trégua. 
Seca, mas nunca morre.
Verdade, eu te cerquei de longe.

Tardei, quis nunca mais partir
É como um filme todas as vezes que, em pensamento, retorno minha atenção a uma única fase da vida. E é talvez por isso que esse pensamento ocasional de reencontro tenha mais o peso da saudade que da lembrança. Não é por inteiro. Todos ali sabem, e todos sentem esta ausência à sua maneira. Uma falta bastante específica que outrora fora o elo do que se vê hoje sentado em volta a mesa do bar discutindo a política do Brasil.


Se esse reencontro trouxesse tudo o que em outros tempos esperei, não acho que esta reflexão caberia em mim. E digo com tristeza que sinto que grande parte das reflexões em efeito não seriam eu, eu talvez fosse menos poesia do que sou hoje. Ia dizer que não sei se é (ou seria) uma pena. Na verdade gosto muito do que sou e pretendo poder dizer mais sobre lembranças que sobre saudades.

sábado, 5 de outubro de 2013

rio de janeiro, belo horizonte. eu.

dias para se desconectar daquele cotidiano desconsertante; viagens curtas; ponderações, algumas.
eu me entreguei às possibilidades que foram surgindo, isso me fez achar sentido nos sinais enviados pelo universo. Assim, como uma confirmação sutil de que o caminho é esse mesmo, até agora. E, partindo daí a falta da visão destes sinais subliminares seria deixar de me entregar às vozes do coração. Isso.
Agora com a volta da rotina, e com ela as pessoas. Tantas pessoas... cada uma uma história, cada uma uma energia que me afeta de maneira diferente. 

O medo e o desafio
Sei que tenho medo das pessoas. Sei que encará-las me trás vertigem. Minha vertigem são as pessoas. O primeiro passo de sair de mim, de onde eu controlo e conheço, é aceitar que isso precisa acontecer. Antes eu sofria porque só podia ser feliz de verdade nas férias; longe de todas essas pessoas. E aí percebi que o problema não é a Arquitetura.

Por assim dizer, inconscientemente creio que aceitei o desafio de encarar este desafio: me tornar vice-presidente de um Centro Acadêmico em um curso como arquitetura. Dada a minha personalidade, minhas opiniões e meus projetos mentais, este momento é importante para superar minha individualidade. Assim como a iniciativa de firmar compromisso por no mínimo um ano (em contrato) com minha cidade faz referência ao meu Aceite ao Não Sair do Brasil pelos próximos 12 meses. Fuga adiada! 21 anos e o quase fim da adolescência psicológica ...
Assim, aceito que a liberdade caminha pouco distante. Primeiro passo. Quero tê-la se aproximando, mas isso será aos poucos. Ponto número 2 de consciência. Serei então cobaia dos meus sentidos no próximo semestre. Mais do que nunca, reflexão e ponderação são fatores essenciais (serão a cada dia mais), a ariana eufórica dará lugar à taurina (paciência com a teimosia que restar).



Quanto ao amor
Esta é a parte triste dos meus pensamentos. Simples: desacreditei no amor. Essa invenção criada a bel-prazer me parece muito conveniente e egoísta; confesso que me dói um pouco dizer isso, mas o amor me parece uma criação para satisfazer a padrões sociais mais do que aquela questão de almas. Não quero ser fria, não quero ser ranzinza ou rabugenta ao me referir a isto, pois digo: se me aparece oportunidade de flerte ou carinhos, certamente não recusarei caso me atenda às vontades físicas. Mas cumplicidade, lealdade e confiança não sou capaz de reconhecer em um casal. Se muito afirmo que possa existir respeito, uma amizade que pondere o sofrimento do outro. Mas só. Que pena ouvir minhas próprias palavras (talvez ainda haja uma parte em mim com vontade de crer em outro sentido que não o egoísmo do amor, mas esta parte tem pouca força ou força nenhuma).

Talvez o que eu lamente mais em tudo isso seja o fato de não mais conseguir captar a tolice bela das canções de amor. Os poemas. As flores. Os casais de namorados que enfeitam as paisagens. Estas coisas tais me lembram tempos de outrora quando andava sem rumo, desesperada por uma não-resposta, uma indiferença que ardia uma loucura tão grande que hoje me trouxeram ao nada. Esse é o resultado de não ser capaz de julgar -por já ter sido a senhora destas atitudes em outros tempos. 

Assim vão, as palavras. Elas não tem fim, só se a música parar. Mas o silêncio também é uma palavra ... 

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Gestão Reforma... a gente precisa se reformar às vezes.


...vez ou outra a gente se perde da gente mesma. Normal... ou caminha devagar demais e aí a gente tá lá na frente, ou caminha rápido demais e a gente fica pra trás. Esquece o básico da gente mesma e aí começa a desejar coisas que estão fora do alcance. E se não atinge essas coisas, a gente se frustra. Reflete pouco... quando a poeira abaixa, e apruma o que precisa, a gente aprende ou não. É a vida.

A gente não gosta de falar em limites. Eu não gosto. Mas, limite é algo da minha essência... da essência da gente toda. Mas é que às vezes enxergar esse limite significa não poder fugir de mim mesma, e todos querem/precisam fugir de si às vezes. Por 15 dias na casa daquele parente de outra cidade; por 1 ano estudando/morando fora do país. O quê for. E enquanto isso o caminho ao redor da gente é traçado. O que me deixa feliz tá acontecendo bem aqui, onde eu estou, sem precisar fugir ou me angustiar por não poder fugir -não agora, não ainda... O que eu percebi é que esse traçado ao meu redor -bem aqui- me faz feliz! Eu estou feliz aqui! E estou sentindo que bons ventos me trouxeram pra cá! Não estou triste porque aquele amor não é tããão amor assim -na verdade, nem perto de ser chamado amor... Mas, tudo bem!!! Eu o entendo também. O desafio desta vez não é lá no outro país, mas é aqui. E está se anunciando dia após dia, bem rapidinho eu diria. Coragem eu tenho.

Não tenho é muita certeza, mas também não tenho dúvidas. E gosto de viver esses paradoxos. Minha complexidade é deliciosa pra mim mesma. 



sexta-feira, 23 de agosto de 2013

do tempo que a gente leva pra cansar do que não é (simplesmente)


Há uma semana não imaginava o que me reservava. A arquitetura. Um fôlego me fez trazer de volta a revolução de coragem que habita em mim. Parei de resistir (novamente) e foi essa a  sensação: Respiro. Me seguro demais... o que é pior: inconscientemente. Quando resolvi me importar mais com a força e coragem que tenho por dentro me senti aliviada de mim mesma. E é isso. Menos orgulho. Menos confrontos. Mais presença, mais troca. Aqui estou, vice-presidente de uma Chapa concorrendo ao Centro Acadêmico de Arquitetura na minha universidade. Enfrentando bravamente meus orgulhos, revidando com humildade e diálogo. Sorrisos. 

E a vida vai rolando, em pouco tempo vou sentir saudade dessa semana. Não é que passa rápido, é que simplesmente passa; a vida. E então? Eu escolho viver. Não dessa maneira previsível, dentro da linha do que me mostraram ser a única alternativa. Da minha maneira. Importar menos com opiniões de fora...

Meu nome tem peso e é pra ter mesmo. Porque essa sou eu.

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

(in) tempestivo fôlego que vem, vai

quando escuto Otto.


desde aquele dia, pra bem mais de um ano atrás, na outra época. Perco até o ritmo da respiração... ficou registrado na lembrança. A imagem é o que menos importa, o toque ficou e o ar que faltava falta também agora, na revivência. A força! Pouquíssimas vezes foram como aquela. E aquela ainda era um arremate importante. Otto etermizou e continua acendendo algum fio que é mais de sentir que de falar... como agora, em Lágrimas Negras. Saem, caem, doem. (Carne). Astronauta da saudade, com a boca toda vermelha. Perto aquele momento de perder o controle do que estou sentindo. Mais ainda por estar na pele, nesse momento. Ele me deixou em um estado de chama. Eu quase não o conheço, apesar de querer pensar que isso não é assim tão verdade. Há sempre um lado que pesa e outro lado que flutua. Dificilmente se arranca lembrança, lembrança, lembrança.... por isso na primeira vez dói, por isso não se esqueça, dói. E ter que acreditar num caso sério e na melancolia que dizia.... mas naquela noite que eu chamei você....  Tua pele é crua.... isso ficou em 2011. quando eu saí da sua vida, saí morrendo de medo do desejo de ficar. E que desejo!  Num dia assim calado você me mostrou a vida. Como um bom barco no mar, eu vou, eu vou...




reflexões de hora e outrora, 2013.

sexta-feira, 2 de agosto de 2013


terça-feira, 30 de julho de 2013

La Azotea del Amor de Ouro Preto

nem sei por onde começar.

inicio colocando pra tocar Louis Armstrong e Ella Fitzgerald no Rdio e começo a tentar me lembrar daquele sábado, naquele terraço, o fim de tarde, a energia inexplicável (puff, a mesma sensação de momento eternizado nas duas igrejas, sob a chuva e contexto diferente de outrora), o frio, o sofá me abraçando. Ele também...

ai, como foi bom!

Pensei no dia 27 muito tempo antes dele (enfim) chegar. Tentei não criar esperanças nem ficar com medo de me sentir envergonhada. Pensei em presente, escrevi carta... acompanhei cada movimentação, estava ansiosa e tentava esconder isso de mim mesma. A semana que antecedeu o esperado dia foi feliz, daqueles momentos que sente que tem um par e se sente inserida no mundo apaixonado. Sem mais relutar (!). A consciência ia tranquila... fui honesta, ele estava me mostrando que também queria estar daquela forma como estávamos.

O sábado chegou. Depois de uma tumultuada sexta-feira a noite/madrugada. O sábado. .. Mas, estava sim envergonhada de chegar sozinha com seus pais e amigos mais queridos presentes. Liguei para um amigo que aceitou me acompanhar (linda, a amizade...). 15 horas, ainda não havia saído de casa. Meu amigo avisa que me encontraria às cinco, pra mim, ok. Eu estava pronta desde as duas. Cinco horas mais alguns minutos, ele chega, nós seguimos, passamos em duas casas, ele tem alguns problemas no trabalho e divide comigo (acho que isso o alivia e me faz ficar menos nervosa também). O dia começa a ir embora e nós ainda não chegamos lá. Ele já havia me enviado uma sms dizendo que perderia o almoço, fico feliz porque ele  demonstra que me quer lá (santa insegurança, essa minha). Eu e meu amigo enfim chegamos!!! Todos parecem já um pouco alterados, o vinho está acabando. Me apresento a todos, família, amigos, todos simpáticos. O terraço está mais bonito que nunca e isso me impressiona, me tira o fôlego por alguns instantes. A partir daí, meu amigo que estava preocupado com os problemas pára também e sente alguma coisa, segundo ele mesmo diz: nossa, é verdade, tinha me esquecido que a vida é boa. Isso me faz cantar de alegria por dentro. 1 por vê-lo assim, melhor, 2 porque era exatamente o que eu senti. E digo mais, a partir daí senti que aquele era exatamente o lugar em que eu deveria estar. Nenhum outro lugar desse mundo se encaixava mais em mim que aquele terraço com aquelas pessoas...

Era um cariño, um amparo, um aconchego que me faz abrir um sorriso    l a r g o    e uma vontade de voltar o tempo 4 dias. Suspiro, suspiro. Ele queria pertinho,  eu o queria. O colchão no terraço, ele se jogando no meu colo pra tirar a foto que a irmã havia chamado. Depois ele chamando pra sentarmos os dois no sofá que leva a gente pro fundo e abraça, enrolados pelas mãos, pernas e cobertor. Vez ou outra ele repousa a cabeça em mim, eu muito mais fria tento corresponder à minha maneira, atrapalhada. Depois, em um outro momento, ele me diz que vai dar um presente e me chama pra acompanhá-lo. Eu definifitivamente não disfarço minha satisfação e logo levanto do sofá e sigo até seu quarto. Da estante, ele retira um livro e me entrega. Parece-me que foi adquirido em um sebo. Mais poético que esse momento, impossível pra minha compreensão. É um livro de 1972 de Walter Gropius, sobre a nova arquitetura da Bauhaus. Fico muito surpresa inclusive pelo conteúdo do livro. É sim de algum estudante de arquitetura, não podia ser de um quase jornalista. Na verdade, podia sim.... se esse quase jornalista for ele, poderia sim ser. (...)Retornamos ao terraço, onde fico e vez ou outra muda minha companhia de sofá, ficou ali por bastante tempo a sua mãe, agradável, gostei fácil fácil. O pai é muito espomtâneo, característica que sempre foi do meu grado. A irmã parece ter um bom coração. Os amigos, uns docesssss. Gente fácil de gostar. Tudo era incrível porque em momento algum houve esse tipo de expectativa!

E assim foi se passando meu sábado mágico no terraço mais bonito da cidade....
E assim foi se eternizando mais esse momento nas minhas memórias de que existe mágica sim. E que é bonito demais poder sentí-la vez ou outra. Uma gratidão à vida, ao universo. A todo o mistério, que com certeza: sempre há de pintar por aí.


 









de música:

stars fell on alabama, interpretação de louis & ella

quinta-feira, 18 de julho de 2013

refletir -

 “(...) cada lugar se comunica instantaneamente com todos os outros, não experimentamos um pouco de isolamento a não ser no trajeto de um para o outro, isto é, quando não estamos em lugar nenhum (...)” Ítalo Calvino


“Existo com mais intensidade nos lugares que um dia resolvi desabitar em mim” Olga

“Tem mais presença em mim o que me falta” Manoel de Barros




                                                                   meu lugar é o meu quarto, só meu, todo eu

sábado, 13 de julho de 2013

(des)pedida

"Nem bem um ano que nos conhecemos; por mais banal que possa parecer, pra mim já te encontrei  antes. Que isso seja interpretado da maneira como for, física ou espiritualmente, ou nada disso. O mistério que te cabe me faz querer aproximar pra escutar o que vier de você. Às vezes, te acho cruel. Às vezes, te vejo um libertário. Às vezes só te vejo... te olho. E caio na ideia de imensidão de mundo, fico imaginando os caminhos que já percorreu e aí lembro o tamanho da vida diante de nós. A gente busca mundo afora formas de tentar compreender as pessoas incluindo nós mesmos. Será que é isso? Não sei... mas por mim, valeu.

Cariño... coração latinoamericano de olhar europeu, que bom ter conhecido você! Obrigada pela proza, pelos chás, pelo aconchego... Sabe de uma coisa? Escutar a música do Belchior só me faz lembrar você! Mesmo que saia dos 25, vou continuar lembrando. Haha :)


um beijo, 
"

domingo, 7 de julho de 2013

Cheers

Vá embora, España.


Deja-me sola como siempre me fue... no solo hoy: no solo ahora.
Tu es del mundo, no quiero cambiarte
Mismo porqué a mi me gusta esto su manera
Tan solo...
Siento me libre también, 
Y quando al destino se parece bien
nosotros nos encontramos en algun lugar
pués... 
Sé que tu no es de acordo con esta idea
pero así es la única manera
de soñar y imaginar nuestro encuentro en esta vida
a sus veinte cinco años, 
a mi veinte/ vente uno años de edad. 

Lo que sé es que a mi me gustas tu, España!

Te dejo al viento
Atiro al viento junto mi corazón 
a mil pedazos...

hasta que ello se recupere algun día
temprano o tarde,



lembranza de una taza que usted me ha dejado usar... solo por un día. ayer

                                                                             Granada

segunda-feira, 1 de julho de 2013

não existe consenso -sejamos honestos, por uma vez.



Dizem que a vida é feita de fases. Particularmente, acho que essa denominação subestima a vida. Prefiro pensar que nós somos feitos de pensamentos que buscam fazer algum sentido. Os sentidos nem sempre não os mesmos, depende da experiência que cada um adquire dia após dia. Assim constroi-se a vida. Única... demanda tempo, reflexão, vontade de tentar de novo muitas e muitas vezes.

Hoje, início de julho do ano de 2013 notei que estou exausta da atual situação do país. O Brasil que acordou em protestos, sabe-se lá desde quando, ou até quando. Cansei de deslegitimar o que cada um acredita. Decidi respeitar as experiências de cada um. Se assim está acontecendo, assim está certo, disse mais ou menos assim Fernando Pessoa. No entanto, é mais do que esse determinismo... é uma mistura de cansaço por tentar entender, compreender que não é possível entender tudo agora, descrença com o sistema que se tem, dúvidas de como seguir em frente. O socialismo é lindo, mas o homem que experimenta o brilho do capital jamais desejará voltar ao sistema igualitário. Por outro lado, o socialismo também afasta algumas questões de liberdade; que em essência não deveria, mas na prática existem condicionamentos que devem ser considerados. Faz parte de jogar limpo. O capitalismo destroi, segrega, cega, aliena... mas ao mesmo tempo assegura a ilusão do capital, da liberdade, da democracia... e nós, humanos, adoramos ilusões; principalmente se ela está mais ligada ao indivíduo que à sociedade à qual está inserido. Faz parte da ilusão!

Às ruas há gente de todo tipo, isso é belo sim em muitos sentidos. Não tenho argumentos pra desmerecer o cidadão que vai, com um mínimo de brilho nos olhos em busca de justiça, cidadania... cobrar nada além do que lhe é direito e deveria ser garantido pelo estado. Por outro lado, a fúria da democracia nos mantém acostumados ao caos. A discordância vira rotina e, mesmo nas mais perfeitas das situações, uma coisa é certa: somos guiados a aceitar a falta de paz dos dias. E os dias já tem falta de sossego por si só! Desmistificando um pouco esse romance, a realidade é que o que se tenta chamar de democracia são duelos travados por opiniões engessadas, partes nada dispostas a ceder. O país não é mais o mesmo e não sei até que ponto saberemos lidar com isso sem radicalizar e acabar com o pouco de estabilidade emocional que aprendemos a cultivar durante anos em uma nação sem guerras.

Encho-me de orgulho ao ver pessoas de brilho no olhar. Só de imaginar, fico sem ar com tamanha beleza. Não quero vê-las perdendo a esperança. Como aquele seu filho que acredita que existe a fada, ele vai dormir e você coloca uma moeda debaixo do seu travesseiro. Ele acorda com um brilho nas pupilas que dá gosto de ver, e você pensa: - Seria cruel demais arrancar essa sensação dele, assim como essa minha ao vê-lo legitimamente feliz assim. O cerne não é mentira. 

Estou  hoje cansada de ver brigas, ofensas. Às vezes é necessário parar, mesmo que por um tempo, pra ver as coisas por outro ângulo. Tirar o ZOOM...


Gostaria de viver pra assistir às pessoas de brilho nos olhos conquistarem seus anseios. Queria ver as minorias respeitadas, tendo uma vida de paz, sem precisarem esbravejar o que lhe é direito... quem sabe um sistema mais humanitário? Quem sabe um estado contagiado por esse momento efervescente. Quem sabe? O que sei é que minha vida, a partir das minhas experiências pede por esse tempo agora. Mas, continuo torcendo. Força na caminhada, Brasil. Força, Turquia. Força, menino Bryan e sua família...





por eles a minha luta é eterna, sem Stop! Luta diária...




que a esperança nunca morra....


sábado, 29 de junho de 2013

duvidar da fé: here a trouble!

eu e a madrugada.

acontece que nosso orgulho e presunção faz da vida, difícil. Querer invadir o espaço do outro, desconfiar ou confiar desconfiando... acusar, julgar. Dessas coisas e muito mais que fica pra lá da linha tênue do respeito. De um lado isso; de outro a imaturidade em lidar com a imaturidade. Numa lógica, se já começa errado a tendência óbvia é que assim continue... quero dizer o esforço para reverter a situação/ tentar o quanto antes for possível (ou perceptível) consertar uma fração do erro. Complicado. Muitíssimo complicado... entram em questão egos,  tão ''subjetivos'' pra se ter uma "fórmula" ou receita; como é previsível...fácil de atingir, afinal, essa característica apesar de diversa existe em todos nós.

De um lado a falta de respeito, um superego. Mas, que assim faz na surdina... por fora não existe ego -no sentido mais ordinário-. Por fora, seguridade de humildade. Por dentro, um universo desconhecido que ultrapassa os limites. Um ego dooooido pra aflorar, e ultrapassar aquela linha tênue. Aí começa o problema.
De outro lado, outro ego, este em tratamento -assumidamente- , mas que por vezes cai em momentos de invigilância, o que resulta no desdobramento óbvio da situação que começa errada. Provocação aceita com sucesso! Inicia-se a batalha verbal. O desequilíbrio e a partir daí controle não existe mais. Claro que existem níveis, mas a partir de então a razão ficou pra trás e o caos está instaurado.

Até que se reassuma o critério razão, motivos pra arrependimentos se multiplicarão... Então, à análise do que ocorreu é feita. De madrugada. Em um blog secreto. Reina a paz, novamente.

Faltou vigilância. E como estamos vulneráveis!

Vítimas de nós mesmos.


segunda-feira, 24 de junho de 2013

Sombria, nada doce.

Você menino velho, início de homem. Minha fúria de mulher forte assusta, só me esqueci de deixar o bilhete especificando o destinatário detalhadamente. Esbravejei um emaranhado de lutas e poucos adjetivos, mas intensos. Me tornei o peso que se apareceu em mim, o furacão que me habita ficou insustentável para que fosse abstraído. E ele só viu você! Mas você é só um menino ficando velho e encontrando o homem que já já despertará, mas não ainda. Não à minha escolha, aos meus gritos. Por isso, não se assuste. Agora a leoa está calma, ponderou. Ela tem consciência da dimensão por saber que exigiu um comportamento pouco claro aos olhos de alguém que precisa ter posturas diversas, que se tornam contraditórias em parte dos ciclos que está. 

A verdade, eu sei, é que meus impulsos quando não são totalmente vigiados são desastrosos. Tenho consciência da minha fúria. Não existe razão, é sombrio demais pra isso. Por vezes isso não é controlado, e não é pois o fator surpresa não vai bem. Sou vítima de mim mesma, sempre. Só eu sei o peso de carregar esse peso, por isso preciso transformá-lo em leveza -o tempo todo.

Não tolero atitudes injustas ou abusivas ou exploratórias ou quantos outros adjetivos mais conseguir agrupar. Ontem percebi que não tolero sob hipótese nenhuma. E que com meus amigos sou mais exigente porque eles são meus amigos. Assustei a todos. A mim também, porque havia muito tempo que não surtava daquela maneira. Mas, me conheço. Vigilância, sempre. É o que eu preciso.

Você menino, foi vítima dessa fúria. Sinto-me injusta e hoje vou corrigir isso... Você não conhecia esse lado,  nem eu mesma há tanto tempo. Fui cruel com você. E preciso me retratar. Que eu saiba lidar com situações inesperadas, ora. Caso contrário impossível se tornará conviver comigo, inclusive eu mesma.



The dark side of the....



domingo, 23 de junho de 2013

"Objetivo e subjetivamente estou farto de mim"

quase duas da manhã.
sendo que tenho aula às 9h de Francês.
mas, sei que devo escrever.

Jamais pensei que fosse chegar a um momento como esse. 21 anos, estudante de arquitetura, morando com os pais, o país vivendo uma crise, população às ruas. Há cerca de 1 ano despertou em mim o espírito militante, coragem não falta. Hoje não vivemos mais uma greve da educação, estamos no meio de uma expressão clara de sistema falido. As demandas da população que elegeu seus representantes responsavelmente ou não são diferentes do que são os reflexos devolvidos, e o que se tem é uma histeria coletiva beirando ao caos. Sim, o povo está às ruas. Sim, a geração alienada saiu de frente da tela do computador e foi pra cidade. Mas, não, isso não é romântico. E, não, não são pessoas acordadas politicamente falando. Tenho críticas assim como muitos, mas reconheço a importância desse despertar mesmo que sonâmbulo (com o perdão da irracionalidade). O grito de insatisfação está aqui, à la século XXI, mas está aqui, não dá pra negar. Não é difícil notar que estão sendo escritas novas páginas nas páginas dos livros de História, assim como temas de dissertações, livros, artigos, matérias, etc. Talvez o futuro tenha guardada uma justificativa para o que vivemos hoje. Talvez.

No meio disso, existo. No meio dos infinitos textos, teorias, debates, discussões, reflexões acerca da atual conjuntura, eu estou. E estou em uma universidade, no quarto período, com provas, trabalhos. Assim como estou no ambiente das festas, e dos flertes e das músicas e da bebida, e etc. Não, não se faz uma coisa de cada vez, pelo menos eu não consigo assim... Não sei se vou me formar arquiteta, às vezes tenho certeza outras vezes, não, outras vezes penso que estou aqui apenas tomando coragem pra fazer algo mais radical, desandar e mudar radicalmente os paradigmas, deslocar, transviar. Por enquanto permaneço entre uma rotina medíocre de classe média lidando com outras pessoas classe média, lutando pela coexistência pacífica. 

Acho que pela própria conjuntura, não sou capaz de fazer outra coisa. Minha cabeça está tomada pelos questionamentos das leituras diárias, notícias, casos contados, debates, etc. Política cansa. E porque é necessário vivo cansada e, não sei.... séria demais. Sozinha apesar dos bons amigos. Hoje, por exemplo, surtei co uma situação. Péra... de fato não está tudo certo. Algo mexeu com minhas estruturas e deixou desigual. Um lado pesado, um lado leve. Equilíbrio, não. Além disso, com uma prova amanhã, não estudei nada. Provavelmente não farei a prova também. Vê... está interferindo muito na minha rotina. Uma supervalorização em detrimento da academia que me forma. Hoje, em especial, tristeza. Vontade, ZE-RO pra outra coisa. Disposição apenas para fugir para as montanhas e ali ficar por uns 5 meses. Falta de vitalidade.

"Vá embora e feche a porta"

Por outro lado minha vida amorosa conturbada, mal resolvida...nenhuma esfera da minha vida está resolvida. O problema reside na minha total falta de foco, uma total essência sem rótulos e sem caixas. Eu escolhi, eu que conviva assim então. O menino que me interessou mais nos últimos tempos está se formando, indo embora, e quando ele propôs que ficássemos juntos, eu fugi. Meses depois ele voltou, ficamos juntos outra vez e aí novamente dissolvemos, pois a mensagem que passo é de que não quero que as coisas sejam certas. Simplesmente não quero (?). Não sei porque não quero. Na verdade eu quero, mas com minhas regras.... assim é difícil. O outro que apareceu é, como eu, tímido... não sabe lidar com pressões, assim como eu. Prefiro nem entrar na dança como fiz com o rouxinol porque me conheço também, em breve posso me entediar. Pra sempre entediada, pra sempre incompleta. E agora, Luma? E agora, Brasil? E agora, mediocridade? E??? E???????

melhor dormir porque são 3 horas de aula de Francês, e um dia londo junto.
quem sabe mais vitalidade, da próxima vez?


"Nada é natural. Nada é impossível de mudar"
Mas isso se quer torna as coisas mais fáceis, 

A propósito, parabéns ao meu irmão, que completou 20 anos hoje, ainda 23 de junho.


"Vou trancar- me para nunca mais abrir, pro sabor dos nossos sonhos não fugir"

quarta-feira, 12 de junho de 2013

por uma questão de hoje

Hoje senti que precisava escrever algo, e por esse algo me refiro à honestidade de sempre mesmo que nem sempre alcançada da forma como havia planejado. Um texto mais corrido que poético. Percebo que é difícil largar de lado a poesia, ela está  dentro da sinceridade. 

Mudei. Natural que seja assim, é com todos. Os tempos que ficaram já não estão mais por motivos óbvios. É difícil abandonar tudo. Ainda hoje sinto que um buraco há em mim do que foi vivido. O pior é que de tempos em tempos as lembranças não estão mais nítidas. E apesar da vontade de aceitar o crescimento, o medo de abandonar em forma de esquecimento aquele tempo. Paradoxo. Crescer não é brincar, é uma revolução que se faz internamente. E com o passar dois dias, as atitudes, a rotina, faz mostrar que pouco bem pouco foi o que mudei, efetivamente. Bem raso... ainda sou aquela cabeça dura, estressada descrita na sexta série por uma menina sincera. Mal sabe ela que ainda me recordo, acho inclusive que agradeço pelas palavras. 

Ainda há duas considerações a fazer. Uma refere-se ao aumento da auto-cobrança. Por vezes insuportável, o peso de exigir atitude adulta, menos orgulho, mais humildade, menos falar, mais ouvir. Paciência. Minha busca cotidiana por paz de espírito passa pela calma... aí entra a música, a literatura, o vôlei, o andar, e agora meu novo companheiro, Willow, o cão. Reconheço que me afastei da Casa Espírita e isso a meu ver, configura um desafio maior: o auto conhecimento... que trará a auto compreensão. A Paz.

E por todas as coisas vividas há as pessoas que participaram. Hoje, conversando com uma amiga dos tempos que já se foram, constatei o quanto ainda sou aquela menina dos 15/16 anos... mas sem o fervor incondicional em firmar amizades, laços que necessitem ser fortes. Em outras palavras, não quero mais proximidade. Prefiro a distância, eu me entendo comigo mesma, não quero precisar me firmar em uma companhia que um dia partirá também, sem muita explicação...porque it's not my business. Quero, se possível, sair por aí voando... um dia, quem sabe, supere esse medo e queira voltar a me aproximar de outrem de corpo e alma como já vivi. E vivi por completo. Foi bonito...

Minha avó, lembrar de você é sentir a garganta apertada de saudade. Não me sai da cabeça o seu olhar, rosto inclinado e riso permanente. Tudo dói ao lembrar que não a tenho mais em matéria que console minha matéria. Vovó, sinto que só chorar alivia um pouco essa saudade. São lágrimas do elo que temos. Quero vê-la feliz, isso me basta. Pensando bem, gostaria de algumas palavras também... sejam quais forem.

Minha vida é tranquila, graças a Deus. Os pesos são as questões de alma...pesadas, às vezes, mas viver é um grande milagre com tantas belezas que se deve levar com cuidado. E carinho.


dança, menina dança como sua avó sempre fez não importa onde. Apenas não importa. =)

sábado, 8 de junho de 2013

Falta

de uma tristeza triste demais...
de um vazio e de uma falta de vitalidade. Vontades, não nenhuma.
Discordâncias infinitas. não, não me encaixo e querer me encaixar só me faz perceber como cada vez mais não quero. não vou...
ser solitária não é só leve. ainda que eu quisesse, não é. é sim desconfortável, as pessoas não tem ideia do que é isso. Elas só estão aqui para cobrar. Os fracos não tem vez. Eu que me reconheço uma fraca não gostaria de pensar que essa palavra que utilizei pra me definir nesse momento fosse negativada como um sinônimo de baixa auto-estima. Mas é assim que me sinto. Não aguento mais as críticas desse mundo. Não suporto mais falar do outro, ou falar do interesse no sexo, sem mais protocolos, eu clamo. Não consigo mais me encaixar.... tudo ficou grande demais e eu pequena demais. As pessoas não se reconhecem, não falam mais sobre suas angústias. AS PESSOAS NÃO SENTEM MAIS ANGÚSTIAS. Que mundo é esse? Não é esse o meu, é? Mas, de onde vim era possível ter sentimentos. Aqui não.

amigos, existem.
risos, aos montes.
amparo, também.

o que falta é alma, vitalidade...
falta palavra, falta falar o que tá dentro.



falta alguém

quinta-feira, 16 de maio de 2013

madrugar é

mas, que mania doida de ficar ofegante essa minha!

vem a madrugada, vem a vontade de escrever , vem todas as perguntas que ficaram escondidas de dia, agora é que elas vem... e dão voltas em minha cabeça. Passam, teimosas, umas por cima das outras. Algumas, mais serenas, tentam acalmar as demais rebeldes, cheias de energia e de contestações.

penso que contestar é uma maneira de mostrar a mim mesma o quanto ainda sou criança pequena. Teimooooooooosa toda vida! 

mas, um ponto aí me "conforta". Minha aparência passa a ser mais honesta vista pelos outros (sob minha interpretação). 

minha vontade é de não dormir: mas é de estar acordada também pela manhã. Quero tudo. Quero o positivo e o negativo. Quero a ideia e sua contradição. Quero o todo... logo, quero o na-da. Nada. Fico parada enquanto pego tudo o que quero. O tudo não é possível, a menos que seja superficial, e aí não configura sequer uma coisa por inteiro. Configura nada por inteiro. Na-da.

Eixos e prumos.
Prioridades.
Reticências.
Relógio. 


                                  Tic-Tac,                            Tic-Tac...                          Tic



"Fiz de tudo e nada de te esquecer" Tom, Chico.
Nada

quinta-feira, 9 de maio de 2013

férias de outono, maio de 2013


não sei qual o tempo subjetivo de agora.
sei que estou com poucos pensamentos e que isso me faz bem. sem angústia, sem pressão.
com mais coragem pra ser Luma. Às vezes sinto falta de ser Luma, a propósito.
não tem mais alguém a quem agradar ou corresponder. 
o fio de fundo é uma preocupaçãozinha de por acaso ter alguma coisa de errado em gostar de ser Luma e só isso, for a while. Aquela grande importância a pensamentos alheios... fruto da sociedade, é claro. Sou uma em um meio, e este é o meio. O melhor é não me encrencar muito com essas ideologias, não agora.
Um interesse grande por outros mundos, aqueles de livros. E vontade de fazer minha parte dando de presente a pessoas que gosto, quem sabe um dia leiam e descubram um interesse profundo nas histórias contatas também? 
quero escrever uma dedicatória, mas estou sem meios pelos quais iniciar o raciocínio que tenho em fluido mental. o que é um livro pra você, Luma?
um livro é uma escapatória, sem hipocrisia. Um break do nosso Eu pra percorrer outros Eus... percorrer o que se passa dentro de outros Eus. Pragmatizando: está cansado das suas questões, inquietações, dúvidas, dramas, medos? Saia de si um pouco, é só escolher por qual tipo de Eu você gostaria de percorrer for a while. No final das contas, você vai retornar à sua própria trajetória e assim pode ser que seja mais compreensivo...consigo mesmo e em seguida com os outros. A meu ver, isso é automático! Perceber um pouquinho mais a grandeza das coisas, saindo da própria pequenez é saudável. E aí é que entra, talvez, o que sempre dizem: Ler é libertador! Você pode fazer tudo o que eles querem que faça, mas o livro é uma arma branca que te da a possibilidade de desaparecer e reaparecer em qualquer lugar, a qualquer momento. Um incentivo...a novos pensamentos. Novos caminhos. Novos resultados. Continuamente....

metáforas

quarta-feira, 6 de março de 2013

Quiçá





talvez seja a moça que gosta de ouvir quem sabe que tem muito a acrescentar. E nisso, ela quase passa despercebida. Sempre ali, no cantinho. Absorvendo...aprendendo talvez mais que todos os outros em volta -fato que não a torna melhor que eles e ela sabe disso. Aprende a ver o mundo por óticas diferentes. Gosta de tentar sair de seus ângulos por vezes. Percorre mundos, histórias, experiências, partidos, temperamentos, origens. A moça que conversa mais com silêncio que todas as outras moças e moços. Gosta de tentar sentir a maneira de todos em volta, à sua própria (como um canal para percorrer todos os outros canais), é claro. Ela observa e é um ponto de interrogação para a maioria. Sabe disso... Fala pouco porque acha que precisa sugar muito mais do que ceder. Pede opiniões, o que ela mais quer é saber. Tem sede e fome de conhecimento. A qualidade de 'esquisita' ou 'diferente' não a intimida mais. Está feliz por se distanciar da futilidade comum a que está inserida. Gosta da ideia de "fugir ao contexto". Por vezes, a frustração da pouca esperança na juventude é forte e desanimadora. Essa distância que percebe estar dos outros a faz viver de certa maneira ilhada; sempre haverá água em todos os lados, separando. Enquanto isso, ela não mudará. Talvez um dia consiga transformar alguma coisa, e mostrar a outras pessoas a importância que temos enquanto humanos, e nossos atributos, nossas tantas possibilidades e liberdades. Ou então ela se tornará o que já é, uma moça solitária do cantinho da sala de aula, mas desta vez em escala monumental, em algum café mundo afora, Europa, Oriente, Latinoamérica... vai saber                                                                                                                   . 

domingo, 3 de março de 2013

santo consolo de cada dia


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grata, mil vezes grata pela música! obrigada, universo! 
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Paulinho da Viola, Filosofia:



Fado lindo, cena final de PINA. Germano Rocha, Os meus olhos: