tac tic tac...
o dia já é 24 de janeiro, há passado de meia-noite. Preciso levantar antes das 8horas -fora da rotina- mas me conheço a ponto de saber que não me importo com isso neste momento. Sinto vontade de escrever hoje, aproveitar o sopro de vontades que me trouxe esse dia de decisões. Senti-me feliz por me mover em busca de ações que há tanto aspiro. Sim, é o começo. Esse cheiro de início, renascença de alguma maneira, me faz bem. Como se estivesse de volta ao controle de mim mesma. O que passou já não está aqui, então não vou pensar que está (todos os questionamentos desde sempre...sim, aqueles).
O Rádio toca Mozart, ultimamente tenho escutado bastante Chopin, influência do meu companheiro nos últimos dias: ele, o livro. Pude sair do meu mundo como uma viagem astral, se posso assim chamar. Como Harry Potter através da penseira visitou os tempos de Tom Riddle. Vejo que a história mexe comigo (não a do Tom Riddle!De Olívia Forrester, os Crawford e Wharton Park). Aquela velha válvula de escape tão necessária em minha vida... A música clássica tem poder enquanto estou em algum tipo de atividade. Seja projetando, escrevendo, lendo. Tem sido um hábito e parece que se adéqua aos movimentos. Neste momento, por exemplo, meu piano é o teclado do computador, o violino é minha perna que balança pendurada na cadeira sem encostar no chão. Gosto.
Contava sobre o dia de decisões sinceras comigo mesma, como procurar onde eu possa começar a fazer Yoga, agendar um psicólogo, comprar florais. Pretendo viver bem esse 2013! Fazer diferente. Agir em direção ao realmente quero. ''Se queres coisas diferente, faças diferente".. alguém acabou de sussurrar essa frase e é isso! Obrigada! Durante a última noite, sonhei sonhos desesperados, dormir estava sendo difícil, pensamento, angústia, falta de ar. Pedi do fundo do coração que o universo me ajudasse a encontrar respostas. Naturalmente, sinto que o caminho está diante de mim. Prosseguir com ideias novas. Pois se não posso mudar daqui, preciso achar a forma de ser feliz aqui. Por ora!
Também me recordei da infância, quando balançava alto na gangorra, e tão alto que resolvia saltar e cair sobre a grana. Sabe por que???? Porque queria voar por uns 2 segundos!! É tão poético! E mais ainda por ser tão verdadeiro. Sou uma menina muito feliz por perceber esses detalhes. Seria muito triste desperdiçar poesias assim. E, voar era lindo. Eu queria ir muito alto. Tinha medo de cair e a gangorra voltar na minha cabeça como certas vezes comigo e outras crianças. Isso era na gangorra do clube. Mas, eu tinha uma em minha casa que meu pai fez. Era de ferro reaproveitado e as bases de madeira. Não balançava tão alto porque não era de correntes maleáveis como as do clube. Ah, que doçura essas memórias...
Sou uma moça tão cercada de pessoas especiais e agraciada por consolos como música, poesia, livros... espero poder retribuir ao universo. Espero ser merecedora...e fazer outras pessoas felizes o tanto que sou. Se reclamo, choro, me desespero, sei que parte é porque não acho que mereço tudo que tenho, e parte por ainda ser tão pouco evoluída a ponto de não compreender muitos dos que me amam. Sinto que disse a mesma coisa com palavras diferentes. Meu Deus, anjos, peço ajuda nessa vida. Coragem. Mas, principalmente sabedoria. Obrigada por tudo em todos os sentidos que for possível estender... Sou muito grata. E, tenho fé que encontrarei a forma certa de retribuir a felicidade que a mim é concebida. Com certeza encontrarei.
(a Obs. é pelo fato de me referir ao balanço como gangorra. minha infância inteira foi assim e prefiro não maltratar minhas poéticas memórias)


Nenhum comentário:
Postar um comentário