17 de junho.
faltam em torno de 2 semanas para o final do período na Universidade. estou no sétimo semestre do curso de Arquitetura e Urbanismo, a previsão de me formar está em 2016, mas provavelmente será alongada para 2017 (que não passe disso, peço aos céus!)
hoje é uma manhã de quarta-feira, estou ouvindo Coldplay em meu quarto e resolvi vim aqui deixar alguns pensamentos e impressões dessa atual versão de Luma, aos 23 anos.
Meus objetivos atuais: me formar Arquiteta, mesmo sabendo que talvez não seja exatamente o que amo fazer. mas, me formar. talvez como um ato de libertação e prova pra mim mesma de que sou capaz. Mesmo vendo a busca apenas pelo diploma algo (quase) vazio do mundo contemporâneo da minha geração, mas não só da minha geração. Se eu tivesse em mente um propósito de vida descoberto em mim mesma observado desde pequenina eu não insistiria neste diploma. No entanto, não vejo este propósito. Não ainda. Mas verei um dia. E confesso que essa é minha maior inquietação. Descobrir a mim mesma e o meu propósito. No momento não dou muito ouvidos aos chamados mais inconformados de mim mesma em relação ao curso, por esta condição de concluir a etapa que me prestei a passar 5 anos da vida pra fazer, que é a graduação. E, pra continuar sendo honesta, este é o curso que mais me dá esperanças. Sim! Confesso que não a área de projeto arquitetônico propriamente dita (e isso é o que mais me preocupa), mas a ideia de pensar o espaço, as pessoas que ocupam estes espaços. A cidade mais democrática, mais justa para as pessoas de qualquer classe social. Como o desenho de uma comunidade como uma favela, ou, no caso de Ouro Preto, os morros mais afastados, influenciam diretamente na vida das pessoas que ali habitam, ou que gostariam de habitar em paz, com infraestrutura, e possibilidades. E mobilidade. Eu gostaria de poder ter a na arquitetura um subterfúgio de esperança pra essa realidade. E modificar de alguma forma pro bem, dar minha contribuição a cidade, mas principalmente a essas pessoas.
Isso é algo do fundo do meu coração, mas me perco no meu curso e seus múltiplos vieses, e acabo por me frustrar dentro da prática mercadológica e de egos dentro da universidade, entre discentes e docentes. Por outro lado, eu sei que é preciso CORAGEM pra fazer o curso conforme é o meu perfil. E se a saída é a carreira acadêmica, mesmo assim, eu ainda precisarei de coragem pra elaborar o projeto que me tratá frutos e uma possível interferência na vida das pessoas.... e então, alcançar um sentimento de realização.
Eu sei que acabo por ser um pouco confusa nessas ideias e na relação que tenho com a Arquitetura, mas ainda busco (mesmo ao sétimo período de curso) o meu lugar. E quero terminar a etapa, como ja disse. Se até lá não me sentir ao menos um pouco feliz com o que estudei 5/6 anos... então, arriscarei outros caminhos. E, desta vez, creio que caminhos mais calmos que partirão de uma reflexão maior acerca de mim mesma, meus propósitos nesta vida.
Nobody said it was easy...I'm going back to the start
toca a música agora.
Força, Luminha. Vc é uma moça forte!!!


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