Manoel de Barros faleceu há mais ou menos uma semana. Eu cultivava, por ele, uma admiração secreta; infelizmente ainda não tive considerável contato com sua obra (queria de volta meu interesse por poesias - o amor que eu sentia ao ler - e o êxtase ao escutar uma que virou música...). Das vezes que li uma ou outra, me arrancaram sorriso grande e por isso me senti à vontade pra dizer com sinceridade: tchau ao poeta passarinho. Hoje, um domingo chuvoso, em casa com a família cada um em um canto, fiquei de repente melancólica... e senti necessidade de falar sobre Incompletude. Fiz um google da palavra, e primeiro me veio algo de física, então adicionei à minha pesquisa a palavra mágica Poesia. E me veio uma de Manoel de Barros que contemplou todo o meu momento.
é a sua incompletude.
Nesse ponto sou abastado.
Palavras que me aceitam como sou - eu não aceito"
Associado a isso, um amigo querido postou em seu facebook um link para músicas de Vinícius, Toquinho e Maria Creuza; então enquanto escrevo isto é o que estou ouvindo (no momento, Escravo da Alegria).
Ao fundo também, os gritos e foguetes de um jogo importante do Brasileirão: Galo e Zêro. Um grita GALO, outro já manda logo na mesma intensidade ZÊRO... foguetes...
Enquanto escrevo estas coisas, me lembro de alguém em algum momento ter dito que haja o que houver: escreva. Cá estou eu, então, trazida até aqui graças a minha Incompletude.
Nenhum comentário:
Postar um comentário