domingo, 2 de novembro de 2014

acontece que...

eu não sei ser triste.

não sei ser triste, e por isso quando sinto chegar perto um sentimento assim, tenho vontade de chorar muito pra poder mandar embora (e pra bem longe) rápido essa sensação. 

preciso aprender a ser triste, às vezes. a conviver com esse sentimento inevitável, porém gosto tanto da alegria, ela me persegue e eu a persigo, e somos tão felizes juntas.

quando um desapontamento interpessoal me invade fico desesperada. sinto vontade de me mexer e resolver isso. mas, é muita inocência ainda (22 anos de idade) não saber ser triste.

se sinto que algo está errado com um laço que tenho muito apreço e apego, sinto-me sem ar, porque sei que o próximo momento a chegar é de tristeza. 

se fico uma pessoa mais ansiosa, faladeira, insistente, por isso, sim. Fico. constantemente surpreendo a mim mesma tentando ser alguém mais serena, leve, zen. Preciso constatar que para tal deveria aprender a ser triste. E entender isto como uma atribuição humana como qualquer outra inerente a nós. 

eu choro muito, choro bastante mesmo. é a maneira de transbordar a tristeza que  me ameaça. mas quando eu vejo a luz do sol de um domingo, ou a chuva cair no final da tarde de sexta, eu quero abraçar o que quer que tenha sido o criador de tudo que temos em volta, por dentro, por fora.

é tão encantador o sentimento da alegria, o sorriso jogado ao vento sem pretensão. o choro pra aliviar a alma, que fica difícil conciliar a vida com a (importância) dos momentos tristes, introspectivos.

preciso anotar, no entanto, que hoje sinto-me por dentro um pouco próxima à tristeza, por saudades. e tenho essa tal vontade de chorar só de pensar, mas não chorei por talvez não ser capaz de mandar pra longe a angústia de quem se entregou. nesse caso específico (de quem se entregou), toda essa lógica não existe. a tendência é a mesma mas não sei o que sentirei a necessidade à flor da pele de fazer daqui a 2 minutos, sequer.


é isso...  

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