sábado, 29 de junho de 2013

duvidar da fé: here a trouble!

eu e a madrugada.

acontece que nosso orgulho e presunção faz da vida, difícil. Querer invadir o espaço do outro, desconfiar ou confiar desconfiando... acusar, julgar. Dessas coisas e muito mais que fica pra lá da linha tênue do respeito. De um lado isso; de outro a imaturidade em lidar com a imaturidade. Numa lógica, se já começa errado a tendência óbvia é que assim continue... quero dizer o esforço para reverter a situação/ tentar o quanto antes for possível (ou perceptível) consertar uma fração do erro. Complicado. Muitíssimo complicado... entram em questão egos,  tão ''subjetivos'' pra se ter uma "fórmula" ou receita; como é previsível...fácil de atingir, afinal, essa característica apesar de diversa existe em todos nós.

De um lado a falta de respeito, um superego. Mas, que assim faz na surdina... por fora não existe ego -no sentido mais ordinário-. Por fora, seguridade de humildade. Por dentro, um universo desconhecido que ultrapassa os limites. Um ego dooooido pra aflorar, e ultrapassar aquela linha tênue. Aí começa o problema.
De outro lado, outro ego, este em tratamento -assumidamente- , mas que por vezes cai em momentos de invigilância, o que resulta no desdobramento óbvio da situação que começa errada. Provocação aceita com sucesso! Inicia-se a batalha verbal. O desequilíbrio e a partir daí controle não existe mais. Claro que existem níveis, mas a partir de então a razão ficou pra trás e o caos está instaurado.

Até que se reassuma o critério razão, motivos pra arrependimentos se multiplicarão... Então, à análise do que ocorreu é feita. De madrugada. Em um blog secreto. Reina a paz, novamente.

Faltou vigilância. E como estamos vulneráveis!

Vítimas de nós mesmos.


segunda-feira, 24 de junho de 2013

Sombria, nada doce.

Você menino velho, início de homem. Minha fúria de mulher forte assusta, só me esqueci de deixar o bilhete especificando o destinatário detalhadamente. Esbravejei um emaranhado de lutas e poucos adjetivos, mas intensos. Me tornei o peso que se apareceu em mim, o furacão que me habita ficou insustentável para que fosse abstraído. E ele só viu você! Mas você é só um menino ficando velho e encontrando o homem que já já despertará, mas não ainda. Não à minha escolha, aos meus gritos. Por isso, não se assuste. Agora a leoa está calma, ponderou. Ela tem consciência da dimensão por saber que exigiu um comportamento pouco claro aos olhos de alguém que precisa ter posturas diversas, que se tornam contraditórias em parte dos ciclos que está. 

A verdade, eu sei, é que meus impulsos quando não são totalmente vigiados são desastrosos. Tenho consciência da minha fúria. Não existe razão, é sombrio demais pra isso. Por vezes isso não é controlado, e não é pois o fator surpresa não vai bem. Sou vítima de mim mesma, sempre. Só eu sei o peso de carregar esse peso, por isso preciso transformá-lo em leveza -o tempo todo.

Não tolero atitudes injustas ou abusivas ou exploratórias ou quantos outros adjetivos mais conseguir agrupar. Ontem percebi que não tolero sob hipótese nenhuma. E que com meus amigos sou mais exigente porque eles são meus amigos. Assustei a todos. A mim também, porque havia muito tempo que não surtava daquela maneira. Mas, me conheço. Vigilância, sempre. É o que eu preciso.

Você menino, foi vítima dessa fúria. Sinto-me injusta e hoje vou corrigir isso... Você não conhecia esse lado,  nem eu mesma há tanto tempo. Fui cruel com você. E preciso me retratar. Que eu saiba lidar com situações inesperadas, ora. Caso contrário impossível se tornará conviver comigo, inclusive eu mesma.



The dark side of the....



domingo, 23 de junho de 2013

"Objetivo e subjetivamente estou farto de mim"

quase duas da manhã.
sendo que tenho aula às 9h de Francês.
mas, sei que devo escrever.

Jamais pensei que fosse chegar a um momento como esse. 21 anos, estudante de arquitetura, morando com os pais, o país vivendo uma crise, população às ruas. Há cerca de 1 ano despertou em mim o espírito militante, coragem não falta. Hoje não vivemos mais uma greve da educação, estamos no meio de uma expressão clara de sistema falido. As demandas da população que elegeu seus representantes responsavelmente ou não são diferentes do que são os reflexos devolvidos, e o que se tem é uma histeria coletiva beirando ao caos. Sim, o povo está às ruas. Sim, a geração alienada saiu de frente da tela do computador e foi pra cidade. Mas, não, isso não é romântico. E, não, não são pessoas acordadas politicamente falando. Tenho críticas assim como muitos, mas reconheço a importância desse despertar mesmo que sonâmbulo (com o perdão da irracionalidade). O grito de insatisfação está aqui, à la século XXI, mas está aqui, não dá pra negar. Não é difícil notar que estão sendo escritas novas páginas nas páginas dos livros de História, assim como temas de dissertações, livros, artigos, matérias, etc. Talvez o futuro tenha guardada uma justificativa para o que vivemos hoje. Talvez.

No meio disso, existo. No meio dos infinitos textos, teorias, debates, discussões, reflexões acerca da atual conjuntura, eu estou. E estou em uma universidade, no quarto período, com provas, trabalhos. Assim como estou no ambiente das festas, e dos flertes e das músicas e da bebida, e etc. Não, não se faz uma coisa de cada vez, pelo menos eu não consigo assim... Não sei se vou me formar arquiteta, às vezes tenho certeza outras vezes, não, outras vezes penso que estou aqui apenas tomando coragem pra fazer algo mais radical, desandar e mudar radicalmente os paradigmas, deslocar, transviar. Por enquanto permaneço entre uma rotina medíocre de classe média lidando com outras pessoas classe média, lutando pela coexistência pacífica. 

Acho que pela própria conjuntura, não sou capaz de fazer outra coisa. Minha cabeça está tomada pelos questionamentos das leituras diárias, notícias, casos contados, debates, etc. Política cansa. E porque é necessário vivo cansada e, não sei.... séria demais. Sozinha apesar dos bons amigos. Hoje, por exemplo, surtei co uma situação. Péra... de fato não está tudo certo. Algo mexeu com minhas estruturas e deixou desigual. Um lado pesado, um lado leve. Equilíbrio, não. Além disso, com uma prova amanhã, não estudei nada. Provavelmente não farei a prova também. Vê... está interferindo muito na minha rotina. Uma supervalorização em detrimento da academia que me forma. Hoje, em especial, tristeza. Vontade, ZE-RO pra outra coisa. Disposição apenas para fugir para as montanhas e ali ficar por uns 5 meses. Falta de vitalidade.

"Vá embora e feche a porta"

Por outro lado minha vida amorosa conturbada, mal resolvida...nenhuma esfera da minha vida está resolvida. O problema reside na minha total falta de foco, uma total essência sem rótulos e sem caixas. Eu escolhi, eu que conviva assim então. O menino que me interessou mais nos últimos tempos está se formando, indo embora, e quando ele propôs que ficássemos juntos, eu fugi. Meses depois ele voltou, ficamos juntos outra vez e aí novamente dissolvemos, pois a mensagem que passo é de que não quero que as coisas sejam certas. Simplesmente não quero (?). Não sei porque não quero. Na verdade eu quero, mas com minhas regras.... assim é difícil. O outro que apareceu é, como eu, tímido... não sabe lidar com pressões, assim como eu. Prefiro nem entrar na dança como fiz com o rouxinol porque me conheço também, em breve posso me entediar. Pra sempre entediada, pra sempre incompleta. E agora, Luma? E agora, Brasil? E agora, mediocridade? E??? E???????

melhor dormir porque são 3 horas de aula de Francês, e um dia londo junto.
quem sabe mais vitalidade, da próxima vez?


"Nada é natural. Nada é impossível de mudar"
Mas isso se quer torna as coisas mais fáceis, 

A propósito, parabéns ao meu irmão, que completou 20 anos hoje, ainda 23 de junho.


"Vou trancar- me para nunca mais abrir, pro sabor dos nossos sonhos não fugir"

quarta-feira, 12 de junho de 2013

por uma questão de hoje

Hoje senti que precisava escrever algo, e por esse algo me refiro à honestidade de sempre mesmo que nem sempre alcançada da forma como havia planejado. Um texto mais corrido que poético. Percebo que é difícil largar de lado a poesia, ela está  dentro da sinceridade. 

Mudei. Natural que seja assim, é com todos. Os tempos que ficaram já não estão mais por motivos óbvios. É difícil abandonar tudo. Ainda hoje sinto que um buraco há em mim do que foi vivido. O pior é que de tempos em tempos as lembranças não estão mais nítidas. E apesar da vontade de aceitar o crescimento, o medo de abandonar em forma de esquecimento aquele tempo. Paradoxo. Crescer não é brincar, é uma revolução que se faz internamente. E com o passar dois dias, as atitudes, a rotina, faz mostrar que pouco bem pouco foi o que mudei, efetivamente. Bem raso... ainda sou aquela cabeça dura, estressada descrita na sexta série por uma menina sincera. Mal sabe ela que ainda me recordo, acho inclusive que agradeço pelas palavras. 

Ainda há duas considerações a fazer. Uma refere-se ao aumento da auto-cobrança. Por vezes insuportável, o peso de exigir atitude adulta, menos orgulho, mais humildade, menos falar, mais ouvir. Paciência. Minha busca cotidiana por paz de espírito passa pela calma... aí entra a música, a literatura, o vôlei, o andar, e agora meu novo companheiro, Willow, o cão. Reconheço que me afastei da Casa Espírita e isso a meu ver, configura um desafio maior: o auto conhecimento... que trará a auto compreensão. A Paz.

E por todas as coisas vividas há as pessoas que participaram. Hoje, conversando com uma amiga dos tempos que já se foram, constatei o quanto ainda sou aquela menina dos 15/16 anos... mas sem o fervor incondicional em firmar amizades, laços que necessitem ser fortes. Em outras palavras, não quero mais proximidade. Prefiro a distância, eu me entendo comigo mesma, não quero precisar me firmar em uma companhia que um dia partirá também, sem muita explicação...porque it's not my business. Quero, se possível, sair por aí voando... um dia, quem sabe, supere esse medo e queira voltar a me aproximar de outrem de corpo e alma como já vivi. E vivi por completo. Foi bonito...

Minha avó, lembrar de você é sentir a garganta apertada de saudade. Não me sai da cabeça o seu olhar, rosto inclinado e riso permanente. Tudo dói ao lembrar que não a tenho mais em matéria que console minha matéria. Vovó, sinto que só chorar alivia um pouco essa saudade. São lágrimas do elo que temos. Quero vê-la feliz, isso me basta. Pensando bem, gostaria de algumas palavras também... sejam quais forem.

Minha vida é tranquila, graças a Deus. Os pesos são as questões de alma...pesadas, às vezes, mas viver é um grande milagre com tantas belezas que se deve levar com cuidado. E carinho.


dança, menina dança como sua avó sempre fez não importa onde. Apenas não importa. =)

sábado, 8 de junho de 2013

Falta

de uma tristeza triste demais...
de um vazio e de uma falta de vitalidade. Vontades, não nenhuma.
Discordâncias infinitas. não, não me encaixo e querer me encaixar só me faz perceber como cada vez mais não quero. não vou...
ser solitária não é só leve. ainda que eu quisesse, não é. é sim desconfortável, as pessoas não tem ideia do que é isso. Elas só estão aqui para cobrar. Os fracos não tem vez. Eu que me reconheço uma fraca não gostaria de pensar que essa palavra que utilizei pra me definir nesse momento fosse negativada como um sinônimo de baixa auto-estima. Mas é assim que me sinto. Não aguento mais as críticas desse mundo. Não suporto mais falar do outro, ou falar do interesse no sexo, sem mais protocolos, eu clamo. Não consigo mais me encaixar.... tudo ficou grande demais e eu pequena demais. As pessoas não se reconhecem, não falam mais sobre suas angústias. AS PESSOAS NÃO SENTEM MAIS ANGÚSTIAS. Que mundo é esse? Não é esse o meu, é? Mas, de onde vim era possível ter sentimentos. Aqui não.

amigos, existem.
risos, aos montes.
amparo, também.

o que falta é alma, vitalidade...
falta palavra, falta falar o que tá dentro.



falta alguém