terça-feira, 23 de outubro de 2012

Uma valsa pra hoje a noite (Bandeira branca)

Vou escrever, sim. Vou ouvir musiquinhas calmantes, sim. Vou ler poesia, sim. E o tempo ali no cantinho vai passando, passando... como sempre é e sempre será.

Quando se sente frágil e desprotegida da vida. Não no sentido de desamparo no mundo, mas suscetível, vulnerável, fraca, inocente diante da vida e do que gira all the time. Assustador, é como me parece a vida. Esperança tem muito pouca. Amor é bem pouquinho também.

Veio a fragilidade e ficou impregnada no acorde da valsa pra uma menininha... e a única vontade é voltar à infância e levar a vida que se acredita, simples, cheia de sorrisos largos ou lágrimas abundantes que não despertam desconfiança. Não finge, não. 
Não é uma tristeza física, não é moral também. É lírica... a cura é o que faz acentuar a dor e o questionamento. Eu disse cura!!!

Menininha, menininha... aqui você pode ser só a menininha. Tempos de querer algo que passou, de temer o desconhecido presente ao redor. Assustada com o bicho-papão do mundo e sua dinâmina arrebatadora. Entre no lance, corre que eles tem pressa. Se você ficar, seu tempo pára, mas a poesia não... Essa não pára até que você retorne ao jogo engolidor de almas de menininhas... Vá, vá sim, é necessário também. Mas, por favor, volte... constantemente.

                                                                                                   Cândido Portinari



a música é:  valsa para uma menininha - vinícius e toquinho

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