Mais um ano de desafios, sentimentos bons e ruins, como qualquer pessoa, creio eu. imagino que todas as pessoas tem suas dores na vida. Às vezes tendo a achar que meus problemas são maiores, esqueço que cada um tem suas lutas internas. Às vezes sinto que estou me afogando nas angústias, me sinto só, incompreendida, um peso, uma pessoa irresponsável, cínica. Às vezes a sensação é tão ruim que o único alívio está em imaginar que não estou mais nesse mundo. Mas aí penso quão injusto seria com meu pai fazer isso, com meus irmãos, meu marido, talvez minha mãe ficasse com muita raiva de mim se eu não estivesse mais viva. Mas algumas vezes pensar isso me alivia, e nesses momentos eu só preciso de um alívio.
Tenho meu cachorro Jimmy. No momento ele só tem a mim para cuidá-lo. Meu irmão está viajando e volta em um mês e meio. Até lá preciso segurar as pontas, ser forte. Sei que existe uma centelha em mim que é feliz, que não precisa de muito pra se alegrar, que é gentil com as pessoas, sorridente, e tem bom coração. Mas existe uma pressão que coloca tudo à prova; Balança minhas bases, me faz duvidar de tudo que já fiz, que faço, e que sou. Essa pressão que vem de fora pra dentro, mas também de dentro para fora mexe, desorganiza, apaga a centelha de alegria e, mais do que isso, me faz acreditar que na verdade essa centelha é um anestésico, uma mentira criada para não enfrentar a realidade.
O problema é que às vezes essa centelha é o que está me sustentando. Acabar com ela, é acabar comigo também. Soprar o que resta de VIDA. Apagar as velas.

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