sábado, 26 de setembro de 2015

para uma super mulher: Elaine.


2002. rua dos inconfidentes, barra, ouro preto, minas gerais, brasil.
conheci uma mulher, este lugar é a minha casa. eu era criança, uns 10 anos de idade, ela, não muito distante disso, nova também, tinha 27 anos. ela já sabia um tanto de coisas da vida (não chego nem perto da sabedoria dessa mulher). 2015. eu cresci, hoje tenho 23 anos, idade perto da que ela tinha quando a vida nos aproximou. ela, 40 anos sem qualquer sinal de rugas (acho que viver com um sorriso estampado no rosto e cantando afasta rugas...) ela agora faz academia, gosta de cuidar da saúde do corpo, além de cuidar de tantas outras pessoas. essa mulher chama-se Elaine e ela é incrível. o coração é tão grande que não bastam os 4 filhos, os 2 netos (e um quase a caminho), sem contar as outras crianças que ela também leva felicidade todos os anos junto com São Cosme e Damião. Não bastasse tudo isso, ela quer mais, ela quer ter mais filhos, gêmeos, ela gostaria, um casal seria perfeito. Elaine quer dar vida a outros seres; quer dar oportunidade de aprendizado a outros pequenos seres. Generosa.
Essa mulher não tem noção de sua grandeza. Mas, eu tive a oportunidade de conviver com ela e posso afirmar como é poderosa e necessária.
Quero que você voe vôos altos, Elaine. Abrir um restaurante, quem sabe hein? Começando por um tele entregas e aos poucos crescendo. Por que não? Nunca duvide das coisas maravilhosas que você pode fazer.  você vai alcançar cada um dos seus sonhos. conhecer a Bahia, ver o mar, já imaginou? enquanto eu estiver aqui quero te ver grande e crescendo e feliz. O pequeno príncipe, aquele livro, diz que: Tu te tornas responsável por aquilo que cativas. Você me cativou e agora seguiremos essa amizade. Obrigada por ter me ensinado tanto e tanto. Você é calma, compreensiva, forte, corajosa, inteligente, sorridente. Não tem nada que não possa fazer. Você nasceu com o dom da felicidade. Eu só escrevi esse texto por dois motivos:  um deles é por puro agradecimento pela convivência e aprendizado ao longo desses mais de 12 anos. O outro é pra te pedir pra acreditar sempre em você, porque você é incrível e nunca deve ficar em dúvida sobre isso. Acredita em você mesma e vai em frente.
pode contar comigo, sempre.
Outra frase diz que A vida é fácil, mas não é simples. Coragem, mulher! Força! Luz! E bons ventos para os seus voos!
um abraço da sua amiga,
Luma.


terça-feira, 8 de setembro de 2015

não carregue esta culpa

nós não somos obrigados a amar nossos pais!

somos obrigados a conviver pra conseguir crescer, desenvolver.
convivência essa, com diversos e relativos sentidos.
a minha é ter 23 anos e morar com eles. provavelmente até uns 25, no mínimo.

então, lembre-se: você não é obrigada a amá-los! não carregue esta culpa!

incompreensão e rebeldia

família exige esforço
vigilância
cuidado
controle

quando não tem isso,
despedaça.

hoje não houve respeito.
eu não sei o que me tornei
não quero sair do meu quarto
sinto vergonha do meu irmão do meio
meu pai, apesar de trabalhador,
é um monstro que às vezes me dá nojo
gosto mais da parte máquina dele,
que da parte humana.
minha mãe é boa.
o irmão mais novo é mimado
gosta de provocar, trata mal pessoas que eu gosto
é debochado
a minha avó já se foi.
e sinto muitas saudades.
ela não era a criatura perfeita, idealizada, mas era quem eu procurava nesses momentos que eu só quero chorar. a casa dela era o meu refúgio. não a tenho há 3 anos.

eu.
sou mimada, explosiva, às vezes inflexível.
me esforço pra ver as pessoas ao meu redor felizes.
mas se algo me desagrada eu fico furiosa, e falo coisas terríveis.
falo alto.
choro.
sou muito fraca emocionalmente, vivo sentindo culpa.
tenho 23 anos e moro com meus pais.
ainda estou na universidade, que parece que nunca termina.
meus pais me acham uma pessoa inútil.
eu sei que me chamam de patricinha.
meu irmão mais novo está na adolescência e quer competir.
eu não quero deixar transparecer como ele me afeta.
finjo que sou muito madura pra isso.

não tenho pra onde correr.
pra viver preciso de humildade
preciso guardar o orgulho
me submeter às regras dos donos da casa.
sim.
é tão difícil.
me sinto tão sufocada neste momento.

sexta-feira, 4 de setembro de 2015

3 anos depois...

hoje foi dia de lembrar
de reler
e reviver momentos, sensações, voltei lá em 2012
e eu realmente fiquei surpresa porque pensei que seria patético relembrar tudo o que aconteceu, o que eu causei.
acho que comecei a me culpar pelo que fiz como se tivesse cometido algo terrível. quando, na verdade, foi algo tão genuíno, sincero. eu passei a pensar desde então que eu era maluca, que investiguei, manipulei uma situação, quase uma pessoa. mas, gente! ainda bem que hoje algo me fez reviver aquele sentimento! me senti orgulhosa de mim mesma. me senti corajosa. que bom que fiz aquilo! e os diálogos que existiram por um curto intervalo de tempo foram tão sutis, bonitos. 

hoje tenho orgulho da atitude. orgulho de ter agido com o coração, como fiz. que rendeu bons momentos de alegria, pra mim, e com certeza pra ele.

um beijo, Luma de 2012!

Ass.: a Luma de setembro de 2015.