quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

começou 2015!

Passou o carnaval, então Feliz 2015!

não sei muito bem sobe o quê falar hoje. coloquei pra tocar uma trilha sonora que fiz pra viajar (Trip) que tem umas músicas bastante relaxantes, introspectivas e reflexivas. bom pra ouvir em um dia de chuva também, se não estiver na estrada ou nas núvens....

minha família vai bem, minha saúde também, gosto da minha aparência, gosto de quem sou e de quem escolhi pra compartilhar comigo os momentos da vida; não me sinto uma fracassada, uma perdedora. sinto-me alguém no meio do processo, porém sem muito amor a ele. sem muita motivação para estar neste lugar (mesmo sabendo que provavelmente não tomarei outra atitude que me tire de onde estou -lê-se no meio e um pouco atrasada de um curso que nem sei se gosto tanto-)

nessas férias, quando cheguei de uma viagem intensa que fiz a outro estado, comecei a assistir a uma série chamada Being Erica. Hoje assisti ao primeiro episódio de uma outra, Girls. em meio a todo o turbilhão (quanto tempo não usava esta palavra!) pelo menos notar que, de fato, coisas com as quais me identifico vão surgindo em momentos interessantes e se tornam importantes. a ajuda dos tempos modernos.

Being Erica conta a história de Erica, que com seus 32 anos se encontra em uma situação ruim na vida profissional, amorosa, familiar. as coisas não vão como o que ela sonhou quando se graduou em letras e fez seu mestrado em literatura. foi demitida de um call center, e este foi o ápice do que poderia ser chamado seu fundo do poço. então ela conhece o Dr Tom, um terapeuta que se oferece para ajudá-la. quando as sessões se iniciam, Erica se compromete a analisar suas escolhas de vários momentos da vida, pra isso, ela retorna no tempo e tem a oportunidade de agir de outra maneira, que  não a gerasse arrependimento (claro, nenhuma mudança que influencie diretamente a vida de outra pessoa, como por ex. alterar a morte do irmão Leo). a série me fez, como Erica, buscar em meu passado esses momentos, recordar e tentar compreender - mesmo sem poder voltar no tempo (e até por isso) passar a agir como se nas escolhas de agora em diante fossem minha oportunidade de pensar e agir como se estivesse retornando - . Confuso, mas pra mim faz muito sentido. dessas coisas que vem na hora certa. Não me tornei uma pessoa diferente, não mudei da água pro vinho, não descobri todas as minhas vocações. mas passei a me atentar mais às escolhas e torcer pra que isso venha a fazer bem a longo prazo também (quem sabe eu não encontro essa minha vocação?) 

a outra série é mais adulta, digamos, mais carnal e ainda não sei se vou seguir como a anterior, mas talvez seja importante pra esse auto conhecimento. tem nudez, tem drogas, mas também tem uma garota de 24 anos despedida do seu estágio não-remunerado que precisa começar a se sustentar pois seus pais professores não querem mais bancar "seu estilo de vida groove (ou moderninho)". Me identifiquei. a menina descolada, meio hippie da família, de pensamentos esquerdistas porém mantida com o dinheiro dos pais. grande coisa! grande contribuição. só que não. 
e sim, é isso que mais me incomoda, junto com o não conhecimento da minha vocação pra futuramente exercer uma profissão e ser feliz indo trabalhar todos os dias ganhando meu dinheirinho. fim, tá ficando redundante, insistente e chata, LUMA.

Vou contar nos próximos escritos o que se passou em relação às séries, o que se passa em mim e o que mais achar relevante.


Obs. chegou meu Trinta e Oito e Meio, o livro da Maria Ribeiro que pedi pela internet.    : ) terei companhia tanto com as séries quanto com o livro.

texto escrito ao som de Devendra Banhart, dentro da playlist Trip. Album: Mala

XOXO