Turbilhão.
Eu que sempre penso nele, fico imaginando o que está fazendo ou se tem lapsos de lembranças de mim. Penso se vai sair hoje de casa, se ainda mora no mesmo lugar. Penso todos os dias, mesmo convicta de que provavelmente tudo passou e que não houve laços emocionais, só carne ( Corpo é muita coisa). Penso nas suas esquisitices, sua falta de padrões, sua gentileza, o estilo das nossas conversas, a ironia. Ponto
Penso sem critério, sem o fator da determinação. Isso me falta em muitas situações, atualmente, pelos 21 anos e experiências que me trouxeram a ser esta, como sou. Acredito na liquidez de tudo e todos, e a melhor maneira de lidar com isso é transformando tudo em temporário. Claramente é isso. Mas às escuras, por dentro... sei que cultivo possibilidades. Tenho marcado quem posso encontrar e viver ou reviver algo -mesmo que passageiro. Adquirido ou não esse caminho sou eu.
Escolhi levar as coisas no meu ritmo.
Escolhi o individual. E ter um blog que só eu sei, onde posso deixar claro o que me ocorrer é parte de viver um mundo interior. Mas, confesso, me preocupo que esteja deixando o mundo exterior muito de lado. Não sei se não me deixar conhecer é positivo a ponto de correr o risco de acabar não contando como existente do mundo exterior. O mundo dos encontros. Das relações interpessoais. Esse mundo é inferior pra mim. Sou superficial com as pessoas. Com todas elas.
Só porque gostei desta frase, de um comentário em uma crônica do Antonio Prata:
"A ironia é tão divertida quanto arriscada. É, sem dúvida, a arma mais cruel pra pôr em evidência a tacanhice alheia."